Não podemos negar que precisamos uns dos outros, fomos feitos para nos relacionarmos uns com os outros. Só de imaginarmos a solidão já nos bate um dor interior que nos corroem, o desprezo, a ausência, a distancia, a separação é um mal existente de um mundo decaído. A criança anseia pelos pais, os adolescentes pelos amigos os adultos pela família, amigos e os idosos temem ser esquecidos. Que dor, sofrimento após sofrimento!
Todo este medo pode ser parcialmente ou até totalmente revertido quando nos apegamos a Deus e amadurecemos, Isaías 49:15 “Pode uma mulher esquecer-se tanto do filho que cria, que se não compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas, ainda que esta se esquecesse, eu, todavia, me não esquecerei de ti”. O medo da solidão começa em Deus, por meio do pecado que nos distancia Dele (Isaías 59. 1-2), buscamos nas pessoas e coisa, nunca achamos por completo e ficamos insatisfeitos. Dr. Larry Crabb trata muito bem este assunto em seu livro: “Como Compreender as pessoas”[i] e nos mostra que todo momento buscamos saciar nosso vazio e aliviar nossa dor. Envolvemos-nos com todas as nossas forças na busca de satisfação e evitar toda e qualquer frustração que nos faça perder o controle. Investimos pesadamente nos relacionamentos, na profissão, na religião ou em qualquer outro lugar que poderá promover segurança pessoal.
Pessoas se aproximam uma das outras por interesses pessoais, não digo financeiro ou para qualquer promoção pessoal, mas para serem aceitas nos grupos tanto dentro e fora da igreja. Defendemos, promovemos não por amor, mas para a aceitação, não dizemos não, não contrariamos, pois poderá promover desaprovação de alguém e assim surge a dor. Jesus se aproximou de nós por amor por isso dizia e ainda, diz, coisas que não queremos ouvir, os apóstolos da mesma forma. Muitos fazem o que não querem, aceitam o que desaprovam na busca de evitar o sofrimento. Precisamos amadurecer! O amadurecimento é real quando aproximamos das pessoas não para sermos aceitos, aprovados por elas, mas por amor. Nem todo mundo que é bonzinho é maduro, nem todos que dizem sim são maduros, mas os que têm coragem de dizer a verdade independente da aprovação dos outros.
A verdadeira maturidade espiritual acontece quando confiamos na aceitação de Deus e a buscamos. Que o Senhor nos abençoe nesta caminhada!
Pr. Cristiano Dias
[i] CRABB, Larry. Como Compreender as pessoas: Fundamentos Bíblicos e psicológicos para desenvolver relacionamentos saudáveis. São Paulo: Vida, 2000.
